Participante: em um momento de minha vida, comecei a ter menos interesse na vida mundana. Comecei a interagir menos com o mundo, até chegar ao ponto de parecer que me via do lado de fora da vitrine observando tudo. A evolução só vem através do coletivo? Temos que nos obrigar a estar num mundo de caos sem se deixar levar?
Volto a repetir: harmonia, harmonizar-se com o universo.
Precisamos estar no mundo de caos sem se deixar levar? Não! Você não tem que se obrigar a estar num mundo de caos, mas se tiver, tem que estar em harmonia com ele.
Veja, o caos que narra existe somente para você. Para muitos, o que chama de caos, é a ordem. O que seria do verde se todos gostassem do amarelo, hein?
O problema não é o caos ou a falta de, pois isso é relativo; cada um acha alguma coisa. O problema é como se relaciona com a coisa, com o caos. Se dá força dentro de si para a ideia de que o mundo está no caos, terá um caos interno. Por quê? Porque está desarmonizada com o mundo, com o seu mundo que chama de caos, de errado, de feio, de materialista, seja do que for.
É isso. O mundo é o que é. Ele não é nem branco nem preto, nem azul nem vermelho, nem bom nem mal. Todas essas qualificações são ismos do ego. Sobre isso vamos falar na semana que vem.
Tudo que se usa para adjetivar o mundo é ismo do ego. Esses ismos, cada um tem o seu e nenhum deles está certo ou errado. A vida humana não é um caos e a vida humana não é a paz. A vida humana é o que cada um acha que é. Quando acha que ela é algo, precisa enfrentar o achar e entrar em harmonia com a vida.
É caos? Sim, você acha que é, mas isso não importa, pois sendo ou não, é a vida que tem para viver. Você não tem outra nem pode mudar o que está aí. Por isso, precisa trabalhar para viver com aquilo que a mente diz que é o mundo em harmonia.
Harmonia, sempre!