Vocês acompanharam pela televisão a preparação para a guerra do Iraque. Viram também os povos irem para as igrejas, templos ou centros rezarem para não ter guerra. Apesar deste esforço de milhares de seres humanos aconteceu a guerra? Vocês viram que sim.
A partir disso eu deveria dizer: que Deus vagabundo, hein. Que Pai é este que não atende um apelo justo e certo de seus filhos? Repare: Deus deve ser muito fraco, pois o mundo inteiro rezou pedindo a Sua interseção para que não acontecesse guerra e Ele não pode fazer nada.
Sim, esta é a conclusão lógica a que se chega se ficarmos presos à questão do certo e errado e do mundo acontecendo sem um Regente. Agora, vamos ver o mesmo acontecimento a partir da visão que estamos criando aqui, ou seja, que a vida encarnada é apenas a grande aventura encarnatória do espírito.
Onde está o ato de guerrear na encarnação? Na parte técnica do ego. Ou seja, tudo o que você viu a respeito de guerrear não existiu fora da razão humana, mas foi sim uma criação interna do ego.
Além do mais, será que aquelas percepções são uma guerra? Ou seja, será que a bomba que você viu cair é um guerrear? Não, guerra foi um valor que a personalidade humana criou para aquela percepção que ela também criou.
Sim, você, personalidade humana, viu uma bomba caindo, mas isso não quer dizer que aquilo representa uma guerra. Na verdade a consciência de que aquilo é uma guerra é formada por uma verdade que está no ego e não pela realidade.
A partir de tudo o que vimos até aqui, na realidade o que é que está acontecendo? Uma encenação gerada pela percepção humana, quer seja na forma, na compreensão e nas sensações que tem por finalidade construir a provação que acontece para o espírito durante a sua grande aventura encarnatória.
Sendo assim, a existência de uma guerra é realidade sua, personalidade humana, e não de Deus. Para Ele o que está acontecendo é apenas a provação do espírito que é necessária para que este se aproxime Dele.
Veja bem o que falei: para Deus o que está acontecendo é apenas a provação do espírito. Eu não posso nem dizer que para Deus a guerra representa a provação do espírito, pois para o Senhor a guerra não existe. Aquilo que a personalidade humana chama de guerra. Deus chama de provas.
Pronto: agora existe um Senhor Onipotente, Onipresente e Onisciente. Um Senhor que sabia tudo que estava acontecendo na realidade e estava presente fazendo acontecer o que era preciso acontecer acima da vontade e desejo de qualquer um.
Este é o Deus descrito pelos mestres e não aquele que as personalidades humanas acreditam existir e rogaram para que não houvesse a guerra.