Pergunta: Se eu estou sendo assaltado, tudo bem, ame ser assaltado e não reaja. Porém, se eu reagir é porque era isso que era para ser feito por que tudo está perfeito, certo?
Como tenho insistido, não falo em atos, mas em sentimentos. O ato já está prescrito e você não poderá mudá-lo.
A partir daí, podemos afirmar que se está sendo assaltado sem reagir, ame essa situação, mas se praticar a ação de reagir, ame isso também. Receber o aviso do assalto e a possível reação ou não, são momentos distintos do “livro da vida” que devem ser avaliados independentemente.
Um momento é onde o ladrão coloca o revolver e outro é quando você reage ou não. São duas provas distintas, ou seja, duas oportunidades para mostrar que tem fome e sede de fazer a vontade de Deus.
Pergunta: Estou falando isso porque uma pessoa que já passou por um seqüestro e hoje está recebendo telefonemas ameaçadores novamente me perguntou se deveria reagir ou não.
Não se preocupe em planejar a vida, em querer saber se reagirá ou não quando e se acontecer determinada situação. Preocupe-se em amar o momento que tem agora e deixe Deus agir.
O futuro a Deus pertence. Quando os acontecimentos futuros se tornarem presentes serão fruto do desejo de Deus, mas só Ele pode determinar quando e se ocorrerão. Preocupar-se com agora com momentos futuros é deixar de viver o que se tem neste momento.
É preciso viver o presente amando-o, seja ele qual for. Quem vive dessa forma, como Cristo nos ensina na conclusão da bem-aventurança, ficará completamente satisfeito. Se curtir (amar incondicionalmente) cada momento se sentirá completamente satisfeito nessa vida, mas se viver o momento presente planejando o futuro (como eu vou reagir), sofrerá agora e depois, pois não tem fome e sede de fazer a vontade de Deus.
Pergunta: Serei feliz, é isso?
Sim, quem vive com fome e sede de fazer a vontade de Deus é bem-aventurado e esse estado de espírito se traduz pela “felicidade que os santos sentem” (felicidade incondicional).