Que a graça do Deus esteja com todos. Salve!
Hoje tenho uma mensagem para deixar. Uma mensagem a respeito do processo que o planeta está vivendo: a pandemia da covid 19.
Tem um ensinamento que diz assim: “não cai uma folha de uma árvore sem que o meu pai faça cair“. Nada que acontece não é realizado por Deus. Como Cristo ensinou, vocês não podem fazer um fio de cabelo da cabeça ficar branco. Sendo assim, podemos pensar que o que acontece no planeta seja um acontecimento humano, que seja algo causado por isso ou por aquilo, ou que tenha sido obra de alguém.
Tudo o que acontece é obra de Deus. E tudo que é obra de Deus tem apenas um objetivo: auxiliar o espírito em seu processo de evolução. Aliás, já disse que Deus não tem livre arbítrio.
Vocês acham que Deus é o Senhor, mas não é. Ele não é o Senhor, mas escravo. É submisso a todos nós, porque existe para todos nós, para nos apoiar na busca espiritual e por nenhum outro motivo. Ele existe para nos apoiar, para nos atender, para nos guiar, para nos levar à frente. Claro que não é nos guiar ou levar a frente no sentido material, na busca da saúde, do prazer, da riqueza ou da prosperidade material. Ele existe para nos apoiar e guiar no sentido de alcançar a riqueza e a prosperidade espiritual.
Então, tudo o que acontece surge de Deus. Surge do faça-se de Deus e é feito com apenas um objetivo: auxiliar o espírito, guia-lo, e servi-lo para que aprenda a viver em paz e harmonia com o universo, já que isso é a característica do ser elevado.
Ser elevado espiritualmente não é saber cantar mantra, rezar ou meditar. Não é nada disso. Ser elevado espiritualmente é saber viver com o universo do jeito que ele se apresenta, em harmonia e paz consigo e com todos.
Ora, se esse é o objetivo fundamental de tudo que Deus faz e se vocês estão vivendo o que estão vivendo, para que está acontecendo essa pandemia? Para dela retirarem algum ensinamento que lhes ajude a estarem em paz e harmonia.
Nesse momento em que o mundo começa a encontrar um caminho de diminuir o chamado malefício, o que vocês veem de mal nessa doença que está dominando o mundo há quase um ano, na hora em que aparece esse caminho, é muito importante, já que não fizeram antes, parar e pensar: em que aconteceu e está acontecendo pode ser útil para que eu faça algum trabalho dentro de mim para viver em paz e harmonia com o mundo? É sobre isso que eu gostaria de dizer algumas palavras a vocês, pois acho que até agora não entenderam o objetivo dessa doença.
Nesse momento em que o desespero criado pelo ego deve diminuir, é importante repensarem tudo o que se passou, tudo o que aconteceu. Não para acharem culpa, sua ou de alguém, mas pra descobrir o que precisa e pode ser aproveitado desse acontecimento como ensinamento para eternidade espiritual. Vamos lá.
Começo perguntando: como é que essa doença sai de uma pessoa e vai para outra? Como se transmite? De uma pessoa para outra.
A doença se espalha por transmissão, quando uma pessoa transmite para outra. É assim que o Corona vírus alcançou todas as pessoas.
Continuo perguntando: porque aconteceu a transmissão? Será que se todos ficassem na sua casa, não tivessem contato com outro, haveria transmissão? A resposta é não.
Foi preciso que os seres humanizados tivessem contato uns com os outros para que o vírus se espalhasse. Para a disseminação da doença foi preciso que as pessoas não ficassem separadas umas das outras, pois só no contato entre elas pode se transmitir para alguém essa doença.
Esse é o ponto primeiro que convido todos a pensar. A doença não aconteceu por causa do vírus, mas sim por que as pessoas não se mantiveram afastadas umas das outras.
Apenas um detalhe: não vou falar de atos na transmissão nem na doença; quero falar sobre o fundamento lógico que levou as pessoas a saírem de casa. Quero falar da intencionalidade que motivou alguém a sair, mesmo sabendo que se fizesse isso poderia levar o vírus a outros. Enfim, quero falar da preocupação consigo mesmo acima dos outros, do egoísmo, da preocupação em satisfazer suas verdades e desejos. ‘Eu quero, eu acho, eu gosto, é bonito, eu posso’: é disso que temos que falar.
Tudo que se passou no mundo desde o início do ano de 2020 não foi por causa do vírus, do médico, da máscara. Não, tudo aconteceu, porque as pessoas, os espíritos encarnados, pensaram primeiro em si. Sei que esse carma, egoísmo, é o básico do planeta, mas ele existe não para justificar a vivência, mas para ser vencido. É para isso que se encarna.
Justamente por causa desse carma surgiu dentro da programação gerada por Deus essa doença. Ela aconteceu com todas as suas implicações (a diferença de opiniões de grupos sobre ela) justamente para haver uma prática interior: pensar no outro acima de si mesmo.
Essa a grande lição que gostaria que vocês repensassem. Será que durante a pandemia vocês aprenderam alguma coisa no sentido de pensar no outro acima de si mesmo? Será que a doença, o vírus, as cenas de morte, de falta de ar, o sofrimento dos outros, etc. lhe fez pensar no outro ou ficou preso apenas nos seus interesses e verdades nesse momento?
Sei que todos esses acontecimentos são apenas encenações geradas por Deus, já que espírito não fica doente nem morre, mas ela tem um objetivo: ajudar os seres encarnados a fazerem o trabalho que nasceram para realizar. Por isso pergunto novamente: você foi capaz de superar suas posses, paixões e desejos e pensar no outro? Acho que não. O que foi mostrado claramente nesse tempo onde a doença se espalhou é que a maioria das pessoas não tem no seu coração a preocupação com os outros.
Vou falar humanamente para entenderem, apesar de saber que estou me referindo a atos: se o vírus tem uma vida útil e durante ela todos ficassem isolados, não haveria como contaminar ninguém. Se o ser humanizado não tivesse contato com ninguém no período de transmissão, ninguém ficaria doente.
Como disse, estou falando humanamente. Os atos não importam. Só estou dando um exemplo apelando para a lógica humana para mostrar o grande objetivo de Deus ao gerar essa provação é mostrar: os seres humanizados, apesar de se dizerem buscadores de Deus não têm no seu coração a preocupação com o outro, o amor pelo próximo.
O amor o respeito ao próximo é o ensinamento básico de todos os mestres. Apesar disso podemos dizer que a maioria dos que não respeitaram rezam para Deus todos os dias. Que religiosidade é essa que esquece os ensinamentos básicos da religião quando o interesse individual é atacado?
É isso que eu quero que pensem. É essa a minha mensagem de hoje. No momento em que, vamos dizer assim, está chegando um caminho que aparentemente vai acabar, não com a morte, com a doença, mas com um pouco da expectativa, do medo dentro de cada um, está na hora de repensar: para que serve o que está acontecendo? Porque aconteceu tudo isso com a humanidade? O que posso aproveitar dessa situação para a minha existência eterna?
A resposta a essa última questão é: exercitar a preocupação com os outros, a atenção com os outros, o serviço ao próximo, ao invés de um se servir da vida.
Servir ao outro talvez seja, depois do amor ensinado por Cristo e por todos os mestres, o maior ensinamento: é preciso aprender a servir ao outro, viver para servir ao outro. É preciso viver ocupado em servir ao outro, em ajudar o outro, em – vou falar a palavra fazer, mas esse fazer não é humano -, mas fazer sempre, viver sempre, se perguntando: ‘o que vou fazer agora, o que vou acreditar agora, o que vou sentir agora, vai fazer mal a alguém? Vai possibilitar que alguém se sinta mal? Se sim, prefiro abrir mão, prefiro não compactuar com essa posse, paixão ou desejo, prefiro não fazer’.
Essa é a lição que a Covid-19 deixa. Isso é o que, nesse último ano, vem sendo esperado de vocês. Como não fizeram, como um não pensou no outro, os dois sofreram.
Isso é o que queria dizer para vocês. Esse talvez seja o grande recado da época que estamos: o início do mundo de Regeneração. Vamos falar um pouco sobre isso.
Nesse novo mundo os espíritos humanizados, encarnados, vão viver com uma atenção muito grande ao outro. Viverão muito mais para servir ao outro e ser servidos por eles do que viver para se servir dos outros.
Precisamos pensar muito nisso. Precisamos investigar caminhos, formas. Precisamos aprender a viver para o próximo, a servir o outro sem se servir dele.
Para isso vamos realizar algumas conversas. Vamos conversar sobre o viver para o outro, porque esse viver é muito sutil. É preciso se conversar sobre isso porque quem vive para o outro a partir de verdades suas, não está vivendo para o outro, não é mesmo? Está vivendo para as suas verdades.
Até lá.