Nossa missão neste dia é falar das mensagens de Maria para o novo tempo, buscando aliá-las aos ensinamentos que vêm sendo passados pelo ESPIRITUALISMO ECUMÊNICO UNIVERSAL. Para isso vamos buscar nas divulgações feitas por ordem da Mãe, o ensinamento que vem sendo passado para autenticar a necessidade da reforma para a entrada no novo tempo.
Fazendo antes um breve relato, vamos analisar as mensagens que Maria tem nos transmitido através dos seus trabalhadores a partir do início do planejamento da mudança do sentido da encarnação, ou seja, da sexta trombeta do Apocalipse de João, até a sétima trombeta, que já soou.
A partir da década conhecida como “anos trinta”, as mensagens de Maria passaram a ter o cunho de preparação dos habitantes do planeta para o próximo mundo que vai se instalar. Até o soar da sétima trombeta, que aconteceu por ocasião do atentado terrorista aos prédios do “World Trade Center”, Maria transmitiu informações visando colocar os parâmetros da estrada a ser percorrida pelos espíritos na carne. Desde o soar desta última trombeta não mais houve, nem mais haverão mensagens de enviados de Maria, a não ser a grupos pequenos.
As mensagens conhecidas como “revelações” através de multidões, foram encerradas no planeta, porque a hora já chegou.
Maria sempre que apareceu, conclamou as pessoas a tomarem algumas atitudes, colocando como fundamento da sua palavra alguns tópicos que iremos analisar.
O primeiro pedido de Maria foi sempre pela paz.
O que podemos entender como paz? O que Maria quis dizer ao pedir paz, ao pedir que todos estivessem sempre em paz?
Podemos entender paz como “não agressão”. A paz, portanto, é uma situação de “não agressão”. Quando Maria pediu “estejam em paz” a orientação foi: “estejam em um estado de não agressão”.
Não importa qual seja o motivo que poderia provocar uma situação de agressão, ainda assim devemos estar em um estado de não agressão. Para se entrar no novo tempo é preciso extinguir-se completamente o estado agressivo, mesmo que este estado seja baseado em supostos “direitos”.
A não agressão passa pela “não crítica”, passa pela “não cobrança”, passa pela “não revolta”. O espírito não pode cobrar nada de outro, mesmo que este outro esteja em “erro” pelos critérios do acusador, porque senão ele estará ferindo a paz existente.
Mesmo que aparentemente um “direito” tenha sido quebrado, a não agressão deve prevalecer. Trata-se de abrir mão de seus desejos para poder manter a paz universal. Isto é caridade.
A mensagem de Maria é de não agressão. É necessário que se acabe com as agressões: não só a agressão física, mas a agressão moral da crítica constante, da fiscalização dos atos alheios, da intimidação por meio do “tem que ser feito da forma que quero que seja feito”. A não agressão passa pelo fim da observação dos atos alheios para condenação.
A paz é algo muito maior do que simplesmente não brigar. A não agressão deve ser entendida nos seus mínimos detalhes e para isso temos que chegar a ponto de amar aquilo que se considera “errado”, pois só o amor é a não agressão.
O amor incondicional não sustenta em momento algum a crítica, a observação, a vigilância. A paz tem que passar pela liberdade de todos promulgarem e fazerem o que bem entenderem, sem que surjam situações de agressões.
Precisamos e está na hora de levantarmos as cortinas que foram baixadas sobre determinados assuntos, com o sentido de encobrir e ditar verdades. A crítica, qualquer que seja ela, em qualquer momento, mesmo só no pensamento, extirpa a paz. Desta forma não há paz que possa ser gerada da crítica: ela só será gerada pelo entendimento que o amor traz.
É para esta paz que Maria, nossa Mãe, vem tentando nos conduzir todo este tempo. A paz absoluta, constante e permanente com os outros e consigo mesmo, pois a crítica a si mesmo é uma não paz.
Este véu que encobre a verdade de sentimentos e que mantemos como “construtor” da paz precisa ser levantado. Quando olhamos para uma pessoa e achamos erros, começamos a criticá-la pensando que a estamos auxiliando: isto é uma mentira, pois encobrimos a agressão com a cortina da ”disposição em ajudar”.
É esta cortina que falseia o sentimento e acaba com a paz, porque gera a violência da obrigação de se fazer as coisas da forma que “eu quero”.
Por isto Maria pediu e sempre cumprimentou a todos dizendo: “Paz, que a paz esteja com você”, ou seja: “que a não agressão esteja com todos vocês”.
Entretanto, esta paz só será encontrada quando se levantar esta cortina que obscurece o sentimento utilizado, que é o que provoca a agressão.
O segundo item que Maria pediu sempre e que grande parte das pessoas não ouviu, foi a penitência. Não existe uma mensagem em que Nossa Senhora não peça a penitência de cada um de nós.
Mas, o que será penitência?
Alguns interpretam a penitência como uma punição, pois a vinculam à resposta que o sacerdote dá àqueles que erram. É desta forma que é entendida a penitência e por isto algumas correntes de religiosos não a aceitam.
A penitência, portanto, não é aceita como um pedido de Maria, porque existe uma vinculação à flagelação. Entretanto, na definição do vernáculo não encontramos esta flagelação ou condenação, mas sim:
“PENITÊNCIA – Arrependimento por faltas cometidas, confissão”.
Portanto, penitência é o arrependimento por faltas cometidas. Quando Maria nos pediu penitência, na verdade conclamou-nos ao arrependimento por faltas cometidas. Mas, o que é arrepender-se de uma falta cometida?
Arrepender-se é reconhecer “erros” (escolha de sentimentos negativos), pois quem reconhece o “erro” não mais tornará a fazer a coisa “errada”. Enquanto não houver reconhecimento dos “erros”, acontecerá sempre a prática deles. Este não reconhecimento é baseado nas cortinas que encobrem o verdadeiro sentimento que falamos acima.
Na verdade, ninguém “erra” porque quer, mas sim porque mente para si mesmo quanto ao sentimento que está utilizando. No exemplo já comentado nesta palestra (obrigar os outros a fazer o que você acha certo, da sua forma), caso seja dito a uma pessoa que ela está agindo com sentimentos negativos, a cortina do sentimento a fará responder: “Eu o estou ajudando a fazer a coisa direito, a coisa da forma correta”. É esta “cortina” que inibe a auto visão de que, na verdade, você não está ensinando a fazer da forma “correta”, mas da forma que “acha correta”. Este é o sentimento do comando e não o da caridade.
O arrependimento passa pelo levantamento destas cortinas que falseiam a intenção com que se pratica o ato e a penitência é o reconhecimento de que não está sendo utilizado um sentimento positivo.
A verdade do sentimento é maquiada para transformar um sentimento negativo em alguma coisa positiva, com a intenção de que o espírito se satisfaça, as coisas aconteçam do jeito que ele quer. O arrependimento de agir desta forma e a alteração destes sentimentos, levantando a cortina criada para a satisfação individual, é a penitência que Nossa Senhora pediu e que é necessária para a prática da vida no próximo mundo.
Sem o reconhecimento da verdade da base de seus atos (sentimentos), sem a análise da intenção dos sentimentos que movem o ato, como fazer a “reforma íntima”? Como se reformar sem saber, na verdade, o que se está fazendo? Como reformar uma mentira se ela é considerada uma verdade?
É esta a penitência que Maria falou.
Só esta penitência poderá trazer a paz, a não agressão; só esta auto-análise profunda dentro dos conhecimentos das leis de Deus prepara o espírito para o próximo mundo.
Não adianta estudar a lei de Deus, conhecê-la, enquanto for maquiada a intenção, porque este conhecimento nada mais serve do que base para novas maquiagens a serem criadas.
Apenas o estudo superficial da lei de Deus nada mais será do que um “lustro” dado na mentira do sentimento usado: a maquiagem de uma mentira transformando-a em nova “verdade”, ou nova falsa verdade.
A penitência é levantar e descerrar as cortinas com a auto-análise sem auto-acusação.
Quando a penitência passa por uma auto-acusação, cria uma flagelação e por isso perde o seu real sentido, que é apenas o arrependimento dos erros. Quando se levantam as cortinas e se descobre o sentimento verdadeiro que está sendo utilizado, não há necessidade de acusação de “erros” passados, mas sim a busca da não prática futura.
O arrependimento é descerrar as cortinas e quando elas não mais estiverem abaixadas, não haverá mais a necessidade de vigilância, pois a realidade será vista.
Existe a necessidade da auto vigilância para aqueles que só abrem um pedaço da cortina e olham para dentro… O arrependimento não pode ser um “olhar por uma fresta”, mas vir através do descerramento completo da cortina que cobre a verdade de Deus e cria um novo campo visual da verdade.
Esta é a penitência que Maria pediu, o arrependimento que ela informou necessário para o novo tempo e que nos levará ao fim da interpretação das coisas.
No novo tempo, não haverá espaços para acusações, para falsas verdades. O novo mundo, que está muito perto de começar, nada mais será do que um mundo onde todas as verdades, nuas e cruas, serão recebidas e não causarão sofrimento, pois passarão pela não violência e não acusação de cada um e dos outros.
Mais um pedido de Maria: oração.
O que é orar? A oração nada mais é do que uma ponte entre o espírito na carne e o mundo espiritual fora dela. Na oração, o sentimento emanado serve como uma ponte que liga o espírito ao seu próprio mundo fora da carne.
Portanto, o espírito deve “viver em oração” e não “fazer oração”, pois viver em oração é viver sempre ligado e atado ao mundo espiritual e foi isto que Maria pediu.
Renuncie, abomine e esqueça a visão material das coisas para poder alcançar a visão espiritual. Abomine e esqueça o “ser pessoa” para ser espírito.
Não crie seus filhos para serem doutores, mas para serem filhos de Deus; não os crie na busca do sucesso financeiro, mas sim na busca do sucesso espiritual.
Desligue seus filhos e desligue você também dos bens materiais, da tentação da vida e da posse material e ligue-se na procura da verdade espiritual. Desligue você da vida material e ligue-se à vida espiritual!
Não estou fazendo apologia do fim do trabalho material nem do fim da utilização das coisas materiais, mas o entendimento de cada uma dessas coisas para o mundo espiritual. Seu trabalho material não é uma forma de ganhar dinheiro, mas sim de servir a Deus para que a Sua justiça seja feita.
Enquanto você trabalhar só pelo dinheiro, nunca terá motivos para trabalhar. Ninguém come dinheiro, bebe dinheiro, veste dinheiro… Por que, então, trabalha pelo dinheiro? “Porque o dinheiro serve para comprar as coisas”, seria a resposta mais comum. Se assim for, você não trabalha para ganhar dinheiro, mas sim para comprar as coisas: o dinheiro é um meio e não um fim.
Quando o dinheiro é colocado como fim, não existe o conhecimento do que se fazer com ele e, portanto, só terá um destino: ser jogado fora. Por isso muitos ganham muito dinheiro, mas nunca o têm, o dinheiro sempre falta. Não compram nada, mas não sabem onde vai parar o dinheiro… Isto acontece porque o trabalho foi só para ganhar dinheiro.
Trabalhe espiritualmente, para servir a Deus, para a sua alegria, para cumprir a lei de Deus e o dinheiro, intermediário necessário para a sustentação da vida material, lhe trará os instrumentos das suas provas (coisas materiais). É este um exemplo de quando falamos da oração constante, da vida espiritual na carne.
Maria não lhe pediu que vivesse de joelhos rezando “Pai Nosso” ou “Ave Maria”, mas que estivesse constantemente vivendo uma vida espiritual, estivesse ligado constantemente à espiritualidade da vida e não à materialidade da vida. Esta é a oração que Maria pediu.
O “Pai Nosso”, a “Ave Maria” ou qualquer outra oração de nada vale sem você estar ligado à espiritualidade e esta ligação só se faz com sentimentos e não com palavras. Estes sentimentos só são alcançados quando se levanta e se descerra a cortina da mentira. Quando há este descerramento, chega-se à não agressão.
As três coisas, não agressão, oração e penitência, se unem e se fundem e nenhuma delas conseguirá ser alcançada sem a outra.
A oração é a ligação do espírito na carne com o mundo espiritual e nesta corrente a ponta estará sempre em Deus.
Sem Deus na vida, em momento algum haverá vida no seu sentido amplo. Enquanto Deus estiver afastado do dia a dia da vida do espírito na carne, nunca ele conseguirá dar seqüência à vida espiritual. Deus tem que estar presente a cada segundo na vida de todos!
Do completo abandono do “eu sou” para a completa consciência do “sou dependente e carente de Deus” acontece a vida. Só desta forma a corrente se fará e levará você, através da oração, a levantar as cortinas das mentiras, alcançando a penitência, que trará a não agressão.
Que a paz esteja com todos. Que a penitência venha a ser alcançada. Que a oração seja uma constante na vida de todos.
Graças a Deus.