Agora, não puxando a brasa para a minha sardinha, reparem em todas as correntes espiritualistas que vocês mais veem por aí. Elas não estão se fundamentando neste trabalho que propomos? Todas as correntes espiritualistas, em maior ou menor grau, estão propondo esta mudança de foco.
Já viram os ensinamentos de Krishnamurt?
Participante: Não vai falar mal do Krishnamurt.
Não estou falando mal.
Não é esse mesmo trabalho que ele propõe? Veja outros que se apresentam como gurus: não é esse mesmo trabalho que é proposto por eles? Eles não falam em se libertar do sistema humano de vida, de se reconhecer como sendo espírito e deixar a vida correr?
Participante: você está falando sério ou está sendo irônico, Joaquim?
Estou falando sério para mostrar o que respondi anteriormente.
O que vai pautar todo o mundo de regeneração é a mudança do foco da vida, da existência fora de um sistema que exige que tenha que ser para ter ou tenha que ter para ser. O que vai durar não é Joaquim, Espiritualismo Ecumênico ou qualquer um de seus membros. O que ficará é esse entendimento sobre a vida, essa forma de viver. Isso é o que vai para frente.
O que via marcar o mundo de regeneração é que o monstro do sistema humano de vida irá gerar mais cobranças e os seres encarnados paulatinamente vão se conscientizando de que subordinar-se às suas normas não é viver, mas é ser comido pelo monstro que é inimigo de Deus e com isso vai se libertando. Esse é o andamento do que vai acontecer durante esse período.
Assim como vocês – eu vou usar a palavra do budismo para falar do que aconteceu – despertaram a partir de algumas conversas que tivemos para a questão do trabalho dessa vida – que ele não se consiste em rezar, dar comida, incorporar, fazer psicografia – outros seres encarnados irão alcançar esta libertação através de ensinamentos com este mesmo tom. Por isso o trabalho de ajudar os espíritos humanizados a despertarem, que não só vocês dois, mas a grande maioria das pessoas do nosso grupo tem, é importante.
Só que para isso, tanto vocês como todos os outros, precisam vencerem a si mesmos. Precisam se conscientizar do que acabamos de falar: da quantidade de cabeças que este monstro está gerando nos tempos atuais.
Não adianta, por exemplo, querer brigar, discutir com uma pessoa se deve se apoiar a presidenta afastada ou o seu sucessor. Isso não importa: nem um nem outro vai trazer a felicidade. Aliás, nenhum que vier depois também não trará. Por isso, isso não é o nosso trabalho.
O que precisamos ajudar os outros é a não brigar entre si por qualquer motivo. Para isso precisamos mostrar aos seres encarnados no planeta que nenhum governante será garantia de felicidade. Que nenhum deles atenderá às expectativas de todos; sempre satisfará uns e descontentará outros.
É por causa disso que precisamos mostrar aos outros que é perda de tempo se preocupar, se ocupar, com esse assunto. Isso porque enquanto você está ocupado com isso não está ocupado em ser feliz. Não está ocupado com o renascimento, com o trabalho de libertação.