Pergunta: Há uma razão para que só agora possa se obter esta compreensão dos ensinamentos dos mestres?


Sim há: hoje é o momento. Se ele fosse ontem, já teria sido trazida; se fosse amanhã, ainda não teria chegado.

A história da humanidade passou por diferentes “momentos” nas transmissões espirituais, que geraram compreensões diferenciadas ao longo dos tempos. Todo esse processo é coordenado por Deus de acordo com as provas que o espírito vem fazer na carne.

Por isso podemos ter a certeza de que as coisas só acontecem na hora que têm que acontecer.

Pergunta: Mas, mesmo agora tem muitos que não querem ouvir?

Sim, mas essa decisão faz parte do livre arbítrio de cada um. Como disse, as transmissões de ensinamentos formam as provas que o espírito vem fazer na carne. Por isso o espírito humanizado precisa “querer” realizar a sua reforma íntima, pois Deus não o obriga a isso.


No entanto, para realizar as provas não basta apenas ouvir, é necessário transformar o ensinamento em ação. Existem muitos que não querem ouvir, mas existem muitos mais que ouvem, mas não querem praticar.

Por isso se afastam, deixam de ouvir, porque sabem que se ouvirem perderão o direito de alegar desconhecimento. Sabem que terão que se mudar e ainda não querem isso.

Uma vez uma pessoa pediu que fossemos à sua casa fazer reuniões. Passado o tempo e com o avanço dos estudos, ela veio até nós e pediu para suspender as visitas. Alegou que estava muito novo para ouvir aquilo…


Mas aproveitando sua petgunta, deixe-me dar um recado importante para quem está buscando a elevação espiritual: o mundo não contribuirá com o seu esforço. Pelo contrário, a humanidade lutará contra a sua intenção de evoluir, porque na hora que você viver esse amor, ela não terá mais desculpas (“é muito difícil, ninguém consegue”) e sentir-se-á obrigada a vivenciar o amor crístico também, principalmente os religiosos.


Para lhe fazer desistir muitos dirão que ao viver com o amor crístico você se transformará em um “bobo”, que sairá “perdendo”, que os outros lhe “passarão a perna”. Falarão isto para ver se desiste desta busca, pois senão eles terão que fazer.


Portanto, tem uns que não ouvem, mas têm outros que ouvem e compreendem, mas “fogem”, porque não querem realizar a reforma íntima. Na verdade querem ganhar sempre (ter suas condições atendidas) nessa vida, pois acham maravilhoso ganhar.


Quando se ganha algo junto vem a fama e a distinção: é o primeiro, o vencedor. Para esses quero lembrar o ensinamento de Cristo: os primeiros na Terra serão os últimos no reino do céu. Nesse ensinamento o preço que o ser humanizado paga pelo prazer de ganhar matetialmente: viver a eternidade espiritual sendo o último no céu.


Apesar de tudo o que falei, uma coisa precisa ficar bem clara: quem quiser ouvir ou não, quem quiser colocar em prática ou não, não merece ser criticado por isso. Lembremo-nos que a decisão de realizar a reforma íntima é de foro íntimo com a utilização do livre arbítrio que Deus deu a cada espírito.


Quem seríamos nós para julgar o que Deus deu a cada um dos seus filhos? Se Ele deu a liberdade de fazer ou não fazer, sou eu que vou criticá-los? Jamais. Portanto, podemos constatar que alguns ouvem e fazem e outros não, mas nunca classificar uns como “certos” e outros como “errados”.