Comecemos pela forma, ou o desenho que se dá aos objetos e coisas materiais do universo.
Através de O Livro dos Espíritos aprendemos que tudo que existe é formado primariamente por um único elemento do universo. Naquele livro esse elemento é chamado de fluído universal, mas também é conhecido como fluído cósmico universal, matéria energética força, etc. O nome pelo qual se trata o elemento primário não importa, mas sim a compreensão de que tudo que existe no universo, materialmente ou espiritualmente falando, é formado por ele.
No mesmo livro aprendemos também que só esse elemento existe como matéria, ou seja, que todas as demais coisas são decorrentes de combinação e fusão do próprio fluído universal. Isso quer dizer que decompondo-se qualquer coisa material do universo, conhecida ou não pelos humanos, até a sua mínima parte encontraremos sempre o fluído universal. Por isto o chamamos de átomo universal:
Este fluído universal, ainda segundo O Livro dos Espíritos, é uma energia. Vamos explicar isso.
Por favor, olhe agora para uma lâmpada acesa em sua casa e preste atenção para ver se consegue ver a energia. Não conseguiu, não é mesmo? Pode ter visto o brilho que é o resultado da energia, mas não a própria. Você não vê a energia, pois ela não tem forma para poder ser vista (captada).
O ser humanizado até cria algumas representações materiais que chama de forma da energia (onda eletromagnética). Alguns ainda confundem a forma do raio com a da própria energia, mas tudo isso é apenas uma forma que os humanos dão a ela, pois a energia não tem forma.
Se tudo é formado primariamente por energia e se essa não possui forma, o desenho com o qual o ser humanizado representa as coisas é maya. É algo que os seres utilizam apenas enquanto estão presos ao mundo de provas e expiações, enquanto estão humanizados.
A forma das coisas é um agregado do espírito, não pertence ao universo real. Essa compreensão é fundamental para o fim das paixões, pois os seres humanizados não conseguem idealizar uma forma sem ligá-la a uma paixão, positiva ou negativa, e consequentemente gerar um desejo.