Pergunta: O universalismo é uma forma de desapego, correto?
O universalismo não é uma forma de desapego, o resultado do desapego.
O universalismo ocorre quando diversas individualidades se reúnem e criam um novo todo que passa a ser a individualidade de todas as individualidades que se reuniram para formar aquele todo. Vou dar um exemplo.
Na hora que você for uma individualidade sem individualismo se integrará perfeitamente a comunidade espiritual universal e com ela participará conscientemente de uma nova individualidade: o universo. Você será você, mas tudo que fizer, pensar, imaginar, estará, pensando, fazendo, imaginando como o todo universal e não como você apenas.
Tem algumas palavras e conhecimentos que são difíceis de explicar para vocês.
Vocês hoje fazem parte da individualidade universo, mas de uma forma individualista, pois ainda agem com ideias próprias: ‘eu não gosto daquilo, se o universo gostar o problema é dele, eu continuo não gostando’.
Pergunta: confundi-me toda agora com essa resposta.
Compreender o universalismo é realmente muito difícil para os seres humanizados. Ele ocorre quando o objetivo do grupo é total e você não tem nenhum objetivo individual no grupo. Deixa de ter querer, vontade, de achar qualquer coisa e passa a viver o querer, a vontade e o achar grupal como seu. Isto é universalismo.
Hoje o ser humanizado não consegue fazer isso porque está preso no raciocínio individualista: pensando a partir do eu. Por mais que ele goste, que se afine com as ideias do grupo, sempre coloca objetivos e paixões individuais na sua participação neste grupo. Quando chegar à consciência universalista estará raciocinando coletivamente e aí viverá os objetivos e paixões do grupo e não os seus.
Diríamos assim. Quando existe o universalismo há uma inteligência grupal que raciocina pelo todo. Esta inteligência grupal, no caso do universo, é o próprio Deus que raciocina pelo todo. Todo espírito já vive isso quando vivencia o faça-se de Deus, mas enquanto tiver o raciocínio individual (o maya, as ilusões) a partir do eu (acho sei, gosto) não vive o universalismo.