17 – O homem que vive consagrado ao SER, que está satisfeito com o SER e está contente somente com o SER, esse já não tem mais deveres (Bhagavad Gita).
Ser significa espírito.
Para aquele que se consagra ao espírito todos os deveres, toda a obrigação se encerra, porque sabe que o espírito não tem obrigação.
Sim, o ser universal não é obrigado a fazer nada porque tem o livre arbítrio de fazer qualquer coisa. Sendo assim, é preciso se compreender que a vida não pode ser movida pela obrigação. Depois de compreendido isso, aquele que quer alcançar o reto caminho deve, então, dedicar-se a utilizar o livre-arbítrio para acabar com as obrigações. Isso se faz automatizando o controle do pensamento para que ele não se forme a partir de regras e normas pré-concebidas. Para automatizar o controle do pensamento, o ser que busca o reto caminho deve atingir a consciência amorosa.
Enquanto o espírito não alcança a consciência amorosa e participa das ações preso às obrigações de fazer ou não, ainda possui intencionalidades. Quando ele atinge a consciência amorosa, ou seja, participa da ação com o amor universal (felicidade, compaixão e igualdade) não mais terá intencionalidades.
Este ser jamais irá ferir alguém, porque o que pode ferir outro não é o que se pratica contra ele, mas a intenção que o agente da ação coloca no que pratica. Este ferimento existe porque a intencionalidade é presa ao individualismo e este pode ferir, mas a ação jamais.
Individualismo é sentimento usado como fruto do livre-arbítrio. Aquele que vive para o ser, que o consagra, que se realiza no próprio ser atinge a consciência amorosa e para este não existem mais obrigações a serem cumpridas.
Um comentário
O caminho do caí e levantar com vigor , até a plena consciência.