Participante: Nas minhas andanças pela espiritualidade, seja no catolicismo, judaísmo, umbandismo, protestantismo, candomblecismo, hinduísmo ou budismo, sem querer polemizar, julgar ou dar qualquer ponto de vista, somente como observador, percebo que tanto os líderes quando os liderados desses segmentos vão acumulando durante o tempo um espectro de poder que enganam até o espírito o fazendo dizer, no oculto, coisas que os ouvintes querem ouvir. Observo, também, que os seguidores ou os médiuns espíritas, quando não incorporados, acham até como fundamento espírita, um indivíduo ser ou se tornar um médium somente se colocar roupa branca ou ir à transe recebendo alguma entidade. Assim sendo, por esse ângulo de visão, um médium se torna um deus salvador e seus seguidores se tornam detentores do poder desse deus. Há algo bem estranho nisso. Claro, existem alguns estranhos nesse ninho como Cristo, Buda, Ramatis, Helena Blavatsky, Krishnamurti, Vó Joana, Seu Valeta, Seu Marabô, os orixás elementais e incluo agora o Pai Joaquim de Aruanda, todos falando e publicando, em suas respectivas linguagens a mesma coisa, com autoridade e consciência universal e espiritual. Todavia, porque os ouvintes não conseguem entender o que esses espíritos falam há milhares de anos, tornando-se ouvintes e praticantes ou esforçando-se para se alinharem a esse equilíbrio? Penso que o motivo seja novamente o falso ego embutido em uma também falsa razão, pois ambos não existem e se existissem estaríamos de frente com verdades absolutas, que também não existe, pois a verdade jamais será alcançada. Os pensamentos e citações dos palestrantes divinos ou não, parecem não fazer efeito e ser inútil no mundo encarnado, pois este se encontra anestesiado pelos fundamentos falsos de suas mentes e cegos na visão real, como aquele povo citado no mistério da caverna de Sócrates. Todavia, penso que os espíritos encarnados tem ouvidos e sentimentos energéticos e que sua função é exatamente essa: ouvir, assimilar, levar esse sentimento passado aqui na Terra para outras encarnações, até que no último estágio dessa universidade, eles se diplomam para a luz ou não, dependendo da grandeza de sua energia. Nós aqui encarnados, todos indistintamente, somos apenas elos para que isso ocorra, nada mais e nada menos. Entende-se aí a grande citação de Ramatis: aceite tudo como é e não leve nada a sério. Por esse motivo, aquele que leva a vida brincando é mais feliz, apesar de ser combatido o tempo todo pela turma da caverna de Sócrates. Com a palavra Pai Joaquim.


Sua exposição é longa, mas a resposta é curta. Mas, antes dela, quero fazer duas ressalvas.
No início você fala da sua caminha pela espiritualidade e fala de diversas religiões. Me desculpe, mas isso não é caminhada pela espiritualidade. Isso é caminhada pela religiosidade e não tem nada a ver com religiosidade. Religiosidade é uma utilização humana de ensinamentos dos mestres. Digo isso porque toda religião é fundada na ideia de ganhar agora e não em outra vida. Toda religião é gerada para paparicar a sua humanidade e não para lhe ensinar a não amealhar coisas na Terra. Portanto, você não andou pela espiritualidade, mas sim pela religiosidade.
Outra coisa que quero falar antes da resposta, é lhe agradecer por ter colocado o meu nome no meio de todos que citou. Não mereço essa honra. Como digo, sou só um porta voz. Sou aquele que fala. Quem escreve os ensinamentos que leio é que mereceria a honra. Só que como é um grupo de espíritos anônimos, não tenho citá-los aqui.
Agora posso lhe responder e como disse, a resposta é curta. Sabe porque a humanidade não abre os ouvidos para os ensinamentos dos mestres, mas sim para os médiuns, humanos que falam dos ensinamentos apegados à ganhar nesta vida? Porque são humanos.
Eles preferem esses ensinamentos porque querem ganhar já, logo. Porque querem ter o prazer, a satisfação de ver seus desejos atendidos. Porque querem ser reconhecidos, admirados, paparicados. Porque querem o elogio, querem que digam a ele que está certo aqui e não na outra vida.
É por isso que as pessoas se aprofundam nos ismos que você falou ao invés de buscarem ensinamentos para fazerem uma reforma, uma transformação em si mesmo. O que elas estão buscando nas religiões é cultura para tornarem-se sábios e com isso poderem cantar vitória sobre os outros.
Uma das grandes provas do espírito encarnado que exerce o papel de doutrinador, de transmissor dos ensinamentos, seja como médium ou palestrante, é justamente a idolatria. O problema é que todos querem ser idolatrados. É por isso que vocês vivem buscando em milhares de fontes respostas que já têm.
Se você frequentou as religiões que citou, vai buscar o que mais? Você já teve acesso a todas as informações… No entanto, vocês não cansam de buscar, de procurar, de correr atrás de novas informações. Para que?
Portanto, na verdade o problema não é o médium que transmite o ensinamento, mas sim você. O problema é, como você disse, que a humanidade tem ouvidos mocos para o ensinamento real. Sim, ela tem e isso se comprova quando se vê o ser encarnado indo de um palestrante para outro, de um escritor para outro, de um médium para outro. Retira de todos esses todas as informações possíveis, mas que não servem de nada, porque o caminho para a elevação espiritual é a coisa mais simples do mundo: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
É só isso. O resto todo é figuração…
Agora, por favor, quando falo assim, por favor não entenda como crítica. Além disso, não entenda que com o que lhe respondi estou querendo dizer que você deve parar de ouvir outros mentores e começar apenas a me ouvir. Não é isso que estou dizendo…
O que estou falando é que você deve parar de buscar e começar a agir. Isso é uma coisa que vocês não conseguem…
Eu já dei este mesmo conselho há muitos anos: se você acredita que já achou, pare com qualquer busca. Pare de ler, pare de buscar informações em livros e na internet, inclusive no que eu digo. Desligue seu computador, sua televisão e feche o seu livro e saia. Vá viver a vida colocando em prática o que os mestres ensinaram e que você, que já frequentou tantos ismos, já sabe. Isso vocês não fazem…
Portanto, este é o problema. Como lhe disse, sua pergunta é longa, mas a resposta é simples: pare de procurar informações e vá viver a sua vida amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.