Participante: há um texto de Francisco de Assis que me leva para longe. É a perfeita alegria.


Tenho medo da palavra alegria.
Sei o que você está falando, mas tenho medo do uso da palavra alegria. Para o ser humanizado esse termo se relaciona ao sorriso, as brincadeiras, as festas e não é disso que estamos falando.
Estamos falando de uma felicidade que na verdade é uma apatia. De uma felicidade que é apática as coisas do mundo.


Participante: usei a palavra alegria, mas queria dizer a verdadeira felicidade.


 Entendi o que quis dizer, mas tenho medo da palavra alegria. Sei que também já a usei quando estudamos Buda, mas foi necessário apenas durante um tempo.
Não podemos nos prender a ideia de alegria porque senão os seres humanizados quando forem a uma festa dirão que estão alegre e que por isso conseguiram realizar o trabalho espiritual. Só que essa alegria não é felicidade, mas um prazer animal, como diz o Espírito da Verdade.
Estou falando de uma alegria que é alcançada com uma felicidade interna. Essa felicidade nada tem a ver com alegria, mas trata-se de uma apatia com relação as coisas do mundo. Ela existe quando o ser vive em paz consigo e com os outros, quando está harmonizado com as coisas que acontecem.
Quando o assassinato, o estrupo, a morte não mais ofender, você estará dentro de um estado onde nada mais eliminará a sua felicidade. Eu diria: estará acima do bem e do mal.