A mente cria a verdade de que não se pode matar o outro para defender a humanidade do ser. Imagina que com essa verdade pode eliminar a possibilidade de ser morta. Só que em O Livro dos Espíritos se diz assim: “ninguém morre antes da hora”.
Isso quer dizer, para você que afirmar que acredita nos ensinamentos espíritas que se alguém tomou um tiro em um determinado momento, aquela era a sua hora de morrer. Só que não para por aí. Neste mesmo livro se diz que Deus sabe a hora e a forma como cada um vai morrer. Portanto, o acontecido devia ocorrer, foi no momento que deveria ser e da forma que Deus já sabia que ia acontecer.
Participante: mas, isso não significa que aquele que portava a arma tinha que matar.
Como não? Se uma pessoa tem que morrer, algo ou alguém tem que matar. Se essa morte está prevista para ocorrer com um tiro, alguém tem que empunhar a arma, não?
A morte faz parte da encarnação, é uma das provações, principalmente com relação à forma como ocorre, desta vida. Por isso, se um tem que morrer de um jeito e ninguém o matar daquela forma, esse vai chegar lá em cima, colocará o dedo na cara de Deus e dirá: “eu não fiz a minha prova porque o Senhor não arrumou ninguém para me matar”.
Jamais diria isso. Estou querendo mostrar que há uma defesa do bem humano. Essa defesa é que é o problema muito comentado por Cristo em seus ensinamentos, principalmente no que estamos abordando hoje: nem todos que disserem senhor, senhor, eu falarei por eles. Aquele pelos quais Cristo não falará são aqueles que falam senhor, senhor, mas ainda defendem a humanidade que o ser vivencia na encarnação.