A mente nada tem a ver com materialidade, com matérias, mas trata-se de um conjunto de crenças que compõem as realidades que o ser humanizado vivencia durante a sua subjugação a ela.
Exemplifiquemos. Que cor é a sua blusa?

Participante: Vermelho.

Por que você reconheceu o vermelho nesta cor? Porque esta definição está na sua mente. Veja bem que não estou falando do rótulo (o nome “vermelho” da cor), mas de uma pigmentação que, depois de reconhecida pela mente, é definida através de um vocábulo.
A mente, instigada pela minha pergunta, agiu reconhecendo primeiramente a “blusa” e depois a pigmentação para lhe dizer que resposta deve me dar. Você, que não reconhece a separação entre o seu ego e você mesmo (o espírito), pois está escravizado a ele a tal ponto de reconhecer-se como a sua própria mente, me responde então achando que está “certo”, que sabe a resposta.
Mas, eu lhe pergunto: quem disse que esta pigmentação existe? Para respondermos a esta pergunta, no entanto, teremos que mudar sua resposta. Se ficarmos no “vermelho” a lógica do que estou falando não será bem entendida.
Para não irmos muito longe do que você pode entender entrando pelo campo do imaginário nesta mudança, vamos alterar a cor da sua blusa. Digamos que o seu ego tenha reconhecido uma determinada pigmentação que classificou de “marrom” ao invés de “vermelha” à minha pergunta. Será que existe o marrom?
Claro que não. Você aprendeu na escola que existem apenas sete cores primárias e que o marrom não está entre elas. Portanto, o marrom não existe. Por este motivo a resposta “certa”, neste caso deveria ser: a cor da minha blusa provém da união de determinadas cores.
Mas, por que, então, a mente não respondeu de forma “certa” e sim com o vocábulo “marrom”? Porque ela não se baseia na Realidade, mas apenas no conjunto de verdades individuais ou crenças individualizadas que existem nos “arquivos” ou memória da mente.
A mente não raciocina, mas apenas compara informações recebidas em um determinado momento com outras que existem nos seus arquivos (memória). A ação dela é, depois de recebida as informações do momento através dos órgãos de percepção do corpo físico (ouvido, sensibilidades do corpo, boca, olhos e nariz), analisá-los de acordo com as informações arquivadas na memória para construir uma realidade, pouco se importando se aquilo é Real ou não.
Isto é mente e esta é a sua ação a cada momento. Ela é um conjunto de informações que são utilizados para criar verdades e realidades e não uma parte material que raciocina, escolhe entre o “certo” e o “errado”.
Este conhecimento é fundamental para aquele que pretende alcançar a elevação espiritual, pois como todos os mestres ensinaram, a verdade humana que é utilizada pela mente como parâmetro para estabelecer a realidade é ilusória e passageira.
Crer nelas como eterna e imutável é algo que os seres humanizados precisam eliminar de suas existências se quiserem alterar a sua realidade. Daí a importância de se tornar “Senhor da Mente”, ao invés de continuar escravizado a ela.