Participante: Quando medito ouço muitas vozes na mente. Em qual delas devo acreditar?
Em todas. Não importa o sotaque, a língua é a mesma. Agora, acreditar não no sentido de saber que elas estão falando verdades, mas acreditar que elas pensam aquilo, que têm aquelas verdades.
Participante: mas, se elas são antagônicas?
Pode ter a certeza que não são. Podem conter enredos diferentes, mas estão presas à mesma raiz: o individualismo, o egoísmo.
Deixe-me aproveitar a sua pergunta e completar o ensinamento sobre a meditação. Não estou falando em pensar os pensamentos para saber que decisão tomar. O que quero é que vocês conheçam as verdades que possuem, pois apenas imaginam que conhecem.
Olha a diferença do que estou ensinando para o que você está entendendo. Não estou falando para meditar para saber como se comportar em um lugar. O objetivo da meditação é, à partir de uma verdade, descobrir o conceito que está gerando-a. É bem diferente.
Participante: existe uma voz na mente que seja real ou todas são mentirosas?
Nenhuma delas fala mentiras, elas só falam verdades. Estas são relativas, individuais, suas, mas tudo é verdadeiro, para você.
Mentira é uma não verdade que pode ser verdadeira. Quando você acredita no que está dizendo, a mentira torna-se verdade.