Participante: Como amar o inimigo sem rotulá-lo como tal?

Não rotulando…

Comece entendendo que quando você quer amar o inimigo, já criou o rótulo… O rótulo de inimigo…

Você não pode amar o inimigo. Como já disse, amar é amar. Por isso você não pode amar alguém, mas deve amar universalmente, a todos de uma forma geral. Para conseguir isso, é preciso, antes de qualquer coisa, juntar todos numa Unidade. Para isso, é preciso acabar com os rótulos que se dá aos outros e que os distingue entre si…

Portanto, enquanto o seu próximo for o seu inimigo, jamais conseguirá amá-lo.  Agora, deixar de ver um inimigo não é ver um amigo…

É uma coisa que tenho falado sempre… Não podemos querer mudar as verdades que estão na mente. Não adianta querer ver um amigo num inimigo. O que você precisa é libertar-se do rótulo, da concepção de que o outro é um inimigo… Esta concepção é uma realidade com “r” minúsculo, uma ilusão criada pela mente. Sendo assim, você precisa libertar-se ilusão e não criar outra: agora ele é meu amigo… Libertar-se dela, não transformá-lo em amigo; não saber se ele é amigo ou inimigo…

Na verdade, quando fizer isso, você não vai alterar o que sente por ele. Por quê? Porque o que o espírito sente já é o que tem que ser: o amor. O que irá alterar é a realidade, ou seja, deixará de vivenciá-la com “r” minúsculo para passar a viver na Realidade com “r” maiúsculo.

Quando você deixar de rotulá-lo como inimigo aquilo que hoje é rotulado como raiva, virará amor…

Veja… A raiva ao inimigo é um rótulo que a mente humana, o ego humanizado, confere a um amor sentido pelo espírito. Quando você se libertar do rótulo inimigo, se libertará do rótulo raiva e aí, então, poderá ver o amor que já existe…

Por isso – e isso é uma coisa interessante que quero deixar bem clara – afirmo que ninguém aprende a amar… O amor não se cria, ou seja, não se ama… O amor surge “do nada” quando você retira os rótulos da realidade da Realidade…

Isso porque o amor já existe, já acontece, já é a língua dos anjos. O problema é que vocês rotulam – entendam este rotula como uma crença do espírito na criação do ego realizado por Deus – o amor com diversos outros nomes…