Deixe-me fazer uma pergunta para ver se vocês fazem um esforço de memória e conseguem se lembrar. Qual o mestre que seguiu uma determinada religião? Nenhum, não é mesmo?
Todos os mestres vieram para afrontar o poder religioso estabelecidos. Jesus era judeu e era contra a religião dos judeus; Buda acabou com a distinção de castas que havia na Índia, que era imposta pela religião; o Espírito da Verdade foi contra o Cristianismo; Lutero foi contra a igreja católica. Sempre um mestre, um enviado de Deus, vem contra a religião.
A partir disso, torno a perguntar: qual é a verdadeira religião dos mestres? Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. É isso que os enviados de Deus vêm proteger. Eles não vêm proteger os poderes religiosos estabelecidos, mas para estabelecer a verdadeira religação com Deus: amor a Deus acima de todas as coisas e o amor ao próximo como a si mesmo. Foi isso que todos os mestres vieram fazer.
A partir dos seus ensinamentos foram fundadas as religiões, mas não se deve seguir a religião e sim o próprio mestre. Quem segue a religião segue o que outros disseram e concluíram a partir dos ensinamentos mestres. Mas, quando fazem isso, estão motivados pela humanidade que vivem e, por isso, alteram a intenção de quem trouxe o ensinamento. Deve-se se buscar diretamente o ensinamento do mestre porque ele, seja de quem for, é sempre o mesmo: amar a Deus acima de todas as coisas.
É isso que precisamos entender em qualquer revolução no mundo religioso. Qualquer revolução que venha para criar uma nova religião não é bem-vinda, mas qualquer uma que venha para religar a Deus é bem vinda. Na hora que você adorar Cristo não adora a Deus, ou diz que o mestre é o próprio Deus.