Servir ao próximo é vivenciar o que ele quer a cada momento sem apego à condições. Ir com ele quando ele quer que você vá; não ir quando ele não quiser que vá. Isso sem fazer a menor diferença entre ir ou ficar.
A necessidade daquele que vivencia o universalismo é fazer o que o outro quer e não estabelecer parâmetros do que é servir. Se durante o serviço a ação carnal mostrar a sua personalidade humana indo ou não, isso não tem problema.


Universalismo não se traduz numa ação específica (fazer a ação que corresponde a vontade do outro), mas sim em algo interno: a disposição de servir o próximo. Posteriormente vamos falar sobre este assunto, mas por hora saiba que se o universalismo independe da personalidade humana participar ou não da ação do outro.
Saiba que se a personalidade humana participar da ação que o outro deseja com uma razão que mostre contrariedade ou obrigatoriedade (‘tenho que ir novamente, que saco’, ‘tenho que ir porque eu quero realizar a elevação espiritual’) a ação de ir não pode ser considerada universalista. O que denota uma ação universalista é aquela onde a razão humana não se considera contrariada ou obrigada a fazer o que o próximo quer, seja participando da ação que ele deseja praticar ou não.
Esse é o instrumento universalista da reforma intima. Ele está presente quando o espírito se liberta do eu – dos desejos e vontade individuais da personalidade humana – e se entrega perfeitamente à vontade e desejo do próximo pela simples vontade e desejo de servir ao próximo.
Quando para o espírito não importa as vontades criadas pela personalidade humana, mas sim o desejo de servir ao próximo, neste momento ele está utilizando-se do universalismo e está realizando a sua reforma íntima.