Um médium pode errar? Sim. Ele pode errar e muito.
Participante: como?
Não servindo ao próximo.
Participante: na intenção, não?
Sim, claro, pois este é um mundo de intenções. O que vale aqui não é o que se faz, mas com que intenção se vivencia um acontecimento. Este não é um mundo onde o que importa é a realidade, mas sim a intencionalidade.
Deixem-me dizer uma coisa: se uma pessoa estiver gritando histericamente, qual a primeira coisa que deve ser feita?
Participante: tentar acalmá-la.
Tente fazer isso para ver se não sobra para você…
Participante: dar um tapa na cara.
Sim, este é o método aconselhado para tirar alguém do histerismo.
Volto a perguntar: o que é levado em consideração; o tapa que foi desferido ou a intenção de acalmar o outro? Digamos que você vá tentar socorrer uma pessoa que esteja em perigo iminente e neste salvamento lhe causa um machucado. O que vale: a sua intenção de salvar a pessoa ou o machucado que fez?
Este é o mundo da intenção. Por isso, por mais que um médium erre durante o seu trabalho mediúnico em ações, o seu grande erro é sempre não ter a intenção de servir ao próximo durante este trabalho.
Outro detalhe: este erro do médium não alcança jamais o consulente; reflete-se apenas nele mesmo. Tenha a certeza de que a umbanda é sagrada. Por isso, por mais que médiuns pratiquem atos considerados errados, o trabalho desta religião é maior do que qualquer intencionalidade individual de seus participantes.
Mais: a quantidade de pessoas que recorrem ao trabalho da umbanda com fé é maior do que a dos médiuns que trabalham com intenções individualistas. Aquelas pessoas acham que vão lá receber, mas estão ensinando a muitos que se consideram filhos de santo.