Deixe me falar uma coisa e com isso vamos acabar a conversa de hoje.
Deus deu uma vida a cada um, para que cada um cuide da sua. O acordo onde Cristo é o procurador (Novo Testamento) é entre você e Deus. É uma relação unilateral entre você e Deus. Ele não envolve mais nada, mais ninguém.


Quando falo em assassinato, em matar alguém, vocês se preocupam com quem matou e com quem morreu. Essa preocupação não deve existir, pois quem matou e quem morreu tem a sua relação unilateral com Deus. Será nessa relação que se estabelecerá o retorno do que cada um viveu. Você não tem nada a ver com isso.
O que é importante para você é a sua relação com Deus. O que importa é como você se relaciona com o que está acontecendo. Por isso, pare de julgar quem matou ou quem morreu. Não importa o que esteja acontecendo com alguém, é preciso estar preocupado consigo mesmo. Preocupado com a sua capacidade de amar.
Quando falo em um assassinato, vocês se preocupam em julgar quem matou: será que ele está amando, será que não está? Com isso não vê que nesse momento você está descumprindo o seu acordo. Por quê? Porque querendo encontrar motivos para amar o assassino.
É isso que vocês precisam entender. Quando falo, como acabamos de falar, em não seguir padrões para amar, amar independente do que é feito, vocês se preocupam com o que os outros fazendo. Preocupam-se com o que estão recebendo, com o que está sendo feito, como cada um está naquele momento, mas não está vendo você. Não está vendo que está deixando de seguir o acordo que fez.
A vida humana, para o Espírito, é algo extremamente individual. É algo onde precisa o tempo inteiro focar na relação dele com Deus e esquecer o resto do mundo. Por isso, não se preocupe se o outro matou com amor ou não, pois na hora que você ama esse acontecimento, cumpriu a sua parte no acordo. Isso é o que importa.
Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo é isso: ‘matou? Morreu? E daí? Os envolvidos e Deus sabem como cada um participou daquele momento. Eu não ganhei procuração de Deus para julgar quem matou ou quem morreu. Por isso, vou amar o assassino, o assassinado e o assassinato’.
Tem detalhes que vocês não se atentam, mas que acabam interferindo na sua relação com Deus. Por exemplo: quando falo em morrer como decorrência da lei do carma, merecer morrer, vocês usam esse merecimento como um demérito. Dizem: ele mereceu morrer. Isso é culpar alguém. Sabem lá se esse quem morreu não está vivendo a situação como uma missão? Têm certeza de que esse carma é o pagamento de algo anterior?
Por isso afirmo que não dá pra julgar quem morreu nem quem matou. Também não dá para justificar a atitude nem de um nem de outro. Trata-se apenas de praticar a aceitação: ‘morreu? Morreu… Atirou? Atirou… Não sei de mais nada’. 
Essa deve ser a sua conduta no momento. Quando acontecem situações que extrapolam o padrão onde se deve amar, o padrão de certo, esqueça os envolvidos e concentre-se em amar a tudo e a todos, pois foi para isso que aquela situação chegou ao seu conhecimento.