Como é triste estar morto
Depois de tempos percebi
Na vida eu sempre corri
Numa busca quase insana
Foi semana após semana
Assim os anos passaram
As coisas se transformaram
O que buscava nem mais existia
E novamente a correria
Do que achava essencial
Me afundei num banhadal
De coisas que não são minhas
Sofri, dobrei a espinha
Pois assim a regra dita
E a vida passou a maldita
Mesmo sem me dar conta
Não é o destino que apronta
Eu que me deixei levar
Talvez, tentando agradar
Afoguei a minha essência
Fui vivendo de aparência
Vivendo não é bem o termo
Meu mundo ficou pequeno
Encurralado em conceitos
Até o torto era direito
O meu eu, ficou para trás
E então perdi a minha paz
Quem perde a paz morre
E isso ninguém socorre
É inteiramente com você
Quase que um reaprender
Mudando os seus valores
De nada valem as dores
Dinheiro, status ou fama
Um dia, a vida sacana
Como vela se apaga
E esse correr é nada
Ser feliz foi esquecido
Eu que me achava forte
Nem havia vivido.
( Não troque, negocie ou submeta a sua paz. Ela é a definição de felicidade. Tudo que custar a sua paz é demasiado caro. Não pague. Priorize estar em paz e terá vida. Do contrário, estará morto )
Um comentário
Isso ê uma cartilha da reencarnação até o desencarne, tanto para o novo como para o velho, a existência é o agora. Gostei dos versos com tons gaucho.