Não tenham medo de provocar a discórdia quando forem ajudar os outros. ‘O errado é meu marido que arrumou outra’ Responda: ‘não, a errada é você em não aceitar que ele arrume outra. Se aceitar, acaba com o seu sofrimento e poderá ser feliz com outro’.


Estou falando de forma chocante para a humanidade, não estou? Mas, é para entenderem que precisa haver a fidelidade com o que Cristo ensinou! Entenderem que não devem agir apenas para agradar: ‘é mesmo, o seu marido é um safado’.
Ao invés de falarem de tal forma que prenda a pessoa no sofrimento, precisa ajuda-la a começar a se libertar do marido. ‘Sim ele fez isso. E agora, o que você vai fazer? Pode se libertar dele deixando-o viver a sua vida, pode se separar legalmente, pode fazer o que quiser. A única coisa não pode é prender-se a ele pelo laço da culpa. Presa a ideia da culpa dele, irá sofrer. Por isso, não para inocentá-lo, mas para não sofrer, dê a ele o direito de viver a vida em paz’.
É isso que estou querendo mostrar: só se ajuda alguém a superar as suas contrariedades levando a pessoa a ultrapassar a reação emocional padrão do mundo humano. Se não fizer isso, não se ajuda ninguém. Vai dourar a pílula, criar um monte de coisas bonitas, mas na próxima infidelidade de um parceiro, ela vai sofrer do mesmo jeito.
Parei nosso estudo justamente nesse texto para deixar essa mensagem: não existe certo nem errado, não existem obrigações, nada é obrigatório. É isso que precisa ser trabalhado dentro de cada um.
Isso é necessário porque vocês, como escravos do sistema humano de vida, estão criando obrigações para o próximo. Colocam, também, naquele que não as segue, a pecha de causador do sofrimento, quando o verdadeiro causador é aquele que gerou a obrigação.
Por isso, para levar felicidade é preciso levar a discórdia, o discordar de si mesmo.