Agora que já conhecemos o agregado sensação e a formação das verdades (sensação que se aplica às formas percebidas), vamos buscar compreender um elemento da vida carnal a partir desse aspecto. Alguém me pediu para falar um pouco mais sobre o sexo, então utilizaremos este acontecimento da vida para isso, mas poderia ser qualquer outro.
O que é o ato sexual? É um acontecimento que ocorre no encontro de duas formas. Se você é heterossexual precisa perceber para que ele ocorra uma forma diferente da sua. Se você é homossexual, precisa perceber uma forma semelhante à sua.
Ao perceber a forma desejada o ser humanizado cria a sensação paixão sexual (desejo). Essa sensação, entretanto, é o próprio amor de Deus, que é universal, individualizado. O individualismo da sensação existe porque os seres humanizados praticam o ato sexual para seu próprio benefício, não se importando com o outro.
O amor de Deus é equânime, mas a sensação paixão sexual é individualista, porque busca amar (contentar) a si mesmo acima de todos e de tudo. Essa sensação ou sentimento é exatamente o que põe tudo a perder no sentido espiritual durante a realização de atos.
Sempre que o ser humanizado vivenciar qualquer acontecimento deve seguir os mandamentos ensinados por Cristo: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, ou seja, não pensar em si, mas em servir ao Pai e ao próximo.
É esse amor incondicional que não possui qualquer intenção individualista, que se usado no lugar das sensações, que são individualistas, transforma a vida do espírito, a existência do ser humanizado. Aí está a raiz do problema. Quando o ser humanizado se deixa levar pelo seu egoísmo (quere satisfazer os desejos oriundos da sua paixão) não cumpre o mandamento de Cristo e por isso não se eleva.
Apesar de haverem ainda dois agregados a serem estudados para melhor compreensão da elevação espiritual, podemos afirmar que aí está o problema do ser humanizado. Isto porque na escolha entre uma sensação ou a utilização do amor universal (incondicional) está o uso do livre arbítrio do espírito.
Na escolha entre utilizar-se de uma sensação (individualizar o amor de Deus) ou utilizar o universalismo (servir ao próximo e a Deus) está a ação da vida espiritual mesmo encarnado. Esta é única ação que o espírito pode fazer a qualquer momento enquanto humanizado.