O terceiro agregado trata-se de uma ação do espírito sobre a forma percebida através das percepções. Sensação são sentimentos individualizados que o espírito coloca sobre todas as formas que são percebidas através dos órgãos de sensibilidade.
O que é uma cadeira? É uma cadeira. O que é um computador? É apenas um computador. Ou seja, as coisas que são percebidas são apenas o que elas são, mas nada que isso.
Uma cadeira é uma forma percebida através dos órgãos de percepção. Enquanto não houver a ação da sensação, ou seja, a ação do sentimento individualista do espírito humanizado sobre a percepção ela não terá qualidades. Uma cadeira é uma cadeira, mas a partir da sensação que o ser humanizado coloca na percepção ela se transforma em nova ou velha, bonita ou feia, limpa ou suja, prática ou não.
A sensação é a ação individualista do espírito utilizando o amor de Deus para determinar valores sentimentais as coisas que são percebidas. Deus emana o amor universal, mas o espírito humanizado utiliza-se deste sentimento para viver paixões individualizadas.
Isso só o espírito humanizado faz. O desumanizado não promove sensações individualistas. Ele vive a realidade, ou seja, o amor de Deus em ação. Por isso a sensação, apesar de ser um sentimento, é um agregado do espírito e não algo universal (espiritual).
A sensação reflete uma decisão de foro íntimo sentimental do espírito e por isso é diferente entre os seres de acordo com o seu grau de elevação espiritual. No humanizado há o dualismo que é a marca das paixões (positivas e negativas) que produzem a diversidade de sentimentos, mas o espírito universalizado vive na perfeita integração com Deus.
Estamos falando do caminho da criação do maya: viver uma forma que é percebida e sobre ela agir pronunciando-se sentimentalmente. Isso é a vida, o processo viver para o espírito como já falamos.
É desse processo que surgem as coisas da vida. O espírito olha uma forma, aplica sobre ela a sensação gostar e aí aquilo vira alguma coisa boa (paixão positiva). Olha uma forma sobre a qual aplica o não gostar e aquilo passa a não ser bom. Aí está a origem, o surgimento, do dualismo que os mestres ensinam que os seres humanizados vivem e que é preciso acabar para se unir ao UM.
Mas também, é exatamente quando o espírito utiliza-se do agregado sensação que nascem as desavenças do universo. Isso ocorre porque não existem dois espíritos que coloquem, em intensidade, a mesma sensação sobre a mesma percepção.