A evolução espiritual é a meta de todo ser do Universo. Atingir a perfeição, ou seja, aproximar-se de Deus, é o sonho de cada espírito. Na etapa que vocês se encontram, essa evolução é caracterizada pela “reforma íntima”. Portanto, a reforma íntima deveria ser a coisa primordial na vida do espírito encarnado, do espírito humanizado, do ser humano.
Quando se fala em reforma fala-se em mudança, em mudar-se. Não pode haver reforma sem que haja mudanças. O ser humanizado, o ser humano, que vive a sua vida de acordo com os padrões e as leis da sociedade, não promove mudança alguma, não faz reforma nenhuma. Reformar-se, mudar-se, é agir de uma forma diferente daqueles padrões que a humanidade está acostumada. No entanto, quando se reforma, quando se muda algo, alguma coisa velha precisa se deixada para trás.
Jesus Cristo falou ao mestre Nicodemus que “em verdade, em verdade vos digo, quem não nascer de novo da água e do espírito jamais verá o Reino do Céu”. Essa é a síntese da reforma íntima: o nascer de novo, o reformar-se, o mudar-se.
No entanto, precisamos compreender que toda mudança, como foi dito, leva ao fim de alguma coisa. Dessa forma, o renascimento precisa necessariamente ser precedido pela “morte”: pelo fim do espírito do jeito que está hoje para que um “novo espírito” surja ou o mesmo com uma nova visão nasça.
Isso é fundamental porque o ser humanizado tem medo da “morte” em todos os sentidos: tanto da física quanto da sua “morte” espiritualmente falando: o falecimento do homem velho para o nascimento do homem novo. Sem a compreensão de que o renascimento só acontecerá com a “morte” o ser humanizado se dedica a nascer, mas esquece de “se matar”.
O processo de reforma íntima é um processo de “morte”, de “extermínio”, de acabar com alguma coisa para o novo renasça. Não adianta se querer reforma sem se pensar em “morrer”, sem pensar em acabar, sem pensar em exterminar a forma de vida anterior.
Hoje, dia dois de novembro de dois mil e quatro, trago a informação de que a “morte” do planeta, no sentido de um novo renascimento, está muito próxima. Os clarins tocaram em todos os exércitos espirituais, porque a ordem de Deus chegou para que a “morte” do planeta, ou melhor, a “morte” do sistema de vida atualmente conhecido no planeta seja decretada.
É preciso cada um compreender essas coisas profundamente, porque não adianta você lutar contra isso, pois como no dilúvio tudo será alagado (em sentido figurado). Não haverá porto de salvação a não ser dentro da arca construída pelo Senhor.
Isso é fundamental daqui para frente: a certeza de que a morte espiritualmente falando, a reforma íntima, está muito próxima. O homem, o ser humanizado, assim como a lagarta, precisa construir seu casulo e deitar-se para morrer. Morrer a lagarta velha, o bicho feio, para que o ser universal, a borboleta, possa ressurgir dessa transformação necessária ao espírito.
Mudar-se é exterminar a vida como ela hoje é vista; é mudar os valores da vida que você vive hoje; começar a enxergar as coisas do planeta sob um prisma novo, sob um aspecto novo. Essa tem sido a nossa preocupação desde o primeiro dia desse trabalho: mostrar uma nova ordem, uma nova sociedade, uma nova forma de viver onde o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo seja a única lei que reja todas as relações entre os espíritos.
Filhos, esse é sentido com que trago essa mensagem e esse também é o sentido da transmissão de todos os ensinamentos. Agora que vocês já possuem os conhecimentos, partam para a busca, partam decididamente para a busca, ao invés de quererem perseguir a vida antiga, quererem aprisionar-se aos padrões antigos.
A compreensão do fim do mundo velho para que surja um mundo novo é condição fundamental para o processo de evolução espiritual. Sem isso, sem essa profunda compreensão de que é preciso acabar com o mundo velho, jamais surgirá um mundo novo para o ser encarnado.
Que Deus nos auxilie nessa missão; que o Pai, no Seu Sublime Amor continue zelando por cada filho nessa hora onde o planeta estará morrendo.
Graças a Deus.