Participante: como não acreditar na razão e amar ao próximo ao mesmo tempo, pois ela vai dizer “é assim que ama. Vai lá e tente”? Mas se não é para acreditar no que ela diz, então como conciliar isso?

Se for, fui; se não for, não fui. Se fizer, fiz. Se não fizer, não fiz. O libertar-se da mente não é dizer que ela está errada, mas sim não sentir-se obrigado a fazer ou acreditar naquilo que a mente tá dizendo.

Dentro da benevolência, da boa vontade, uma coisa que comentei nas outras conversas sobre o tema que já tivemos, é aquele pensamento que vem na mente diz assim: ‘eu tenho certeza que aquela pessoa está fazendo aquilo de propósito. Tenho certeza que ela quer me ferir. Tenho certeza que ela quer me magoar’. É a hora de responder: ‘não sei, será? Não, eu não acredito que ela está fazendo isso. Se está ou não, não sei’.

Essa postura é usada para amar o próximo, mas também para fazer você feliz. Na hora que aceita que aquela pessoa está fazendo algo de errado, ou seja, na hora que não tem benevolência e indulgência, certamente uma pedra (contrariedade) aparecerá no seu caminho. Nesse momento vai dar uma topada e vai acusar o mundo pela dor no seu dedinho. Só que ninguém tem culpa dessa dor. Ela se originou na falta de boa vontade a outra pessoa.

Então, como faz pra se libertar da mente? Dizendo não sei, pode ser, pode não ser, não tenho certeza…

É apenas se libertar, não mudar.