Participante: os anjos companheiros de jornadas são engrenagens da grande máquina do universo e todos estão juntos por um único princípio, carma?

Estão juntos por um único princípio sim, mas não por carma: amor a Deus.

Apesar de dizer que não estão junto pelo carma, posso dizer que trabalham para o carma. Trabalham para o carma por Deus: isso é diferente do que possam imaginar.

Eles não trabalham com o carma vivendo qualquer emoção com relação ao que acontece. Sua emoção (felicidade) está em servir a Deus na obra geral, ou seja, no dar a cada um segundo suas obras.

Outro detalhe: cuidado com a palavra anjo. É um termo muito complicado. Anjos, para vocês humanos, significam seres que têm asinha, são angelicais e estão sempre pronto para fazer o bem humano. Isso não existe.

Fora da carne existem espíritos. Espirito não tem corpo, que dirá asinha. Apegando-se a ideia de que são anjos, irão esperar coisas que não receberão.

Saiba apenas que aquele que tem forma de serpente, de dragão, também é um anjo, porque também é um espírito.

Participante: diria que chamar de anjo é uma força de expressão, assim como o senhor vir como o preto velho. .

Concordo. Só há um problema: se viver com a ideia da existência um anjo, se convive com a existência de demônios. Como a vivência preso a essa ambivalência condiciona a felicidade, é perigoso se acreditar na existência de anjos. .

Portanto, abandona a consciência da existência de anjos para não ficar preso no dualismo.

Participante: hierarquias superiores para mim são formadas por anjos. Não vejo asas neles, vejo luz. São meus amigos e existem sim, existem anjos, são seres de luz que já passaram da polaridade da luz e trevas.

Certo. Só elimine a descrição desses seres como anjos. Chame-os de seres de luz. Só isso.

A palavra anjo é viciada. Se para você o anjo não tem asa, ao falar sobre eles para outra pessoa, nesse alguém vai surgir a ideia do anjinho. 

Só estou orientando e não obrigando ninguém a tratar dessa ou de outra forma.

Participante: isso é preconceito seu.

Não é preconceito. Usar a figura anjo é expor o próximo ao sofrimento, pois essa palavra é viciada, assim como a palavra espírito ou alma também o é.

Falo em viciada porque esses termos já carregam em si uma ideia do que é e o que esperar desses seres. Quando insiste em usar frente o outro essa ideia, você está gerando uma oportunidade para que ele não alcance a felicidade.