Participante: desde o momento em que acordo até a hora de dormir, o tempo todo, converso com um anjo imaginário, que tem se provado nem tão imaginário assim. Tomo todos os cuidados possíveis para me certificar de que essa voz não é algo que me queira mal, mas que queira o meu adiantamento ou a minha tranquilidade ou o meu progresso. Assim, os fatos mais comezinhos da vida executo com esse ser imaginário. Será essa maneira de se dedicar a Deus, tornando-o parte do meu dia a dia? Ou será que estou tentando me utilizar de Deus para viver minha vida humana?
A minha pergunta para você seria a seguinte: quem conversa com essa criatura imaginária? Quem imaginou essa criatura para ela falar? Foi você? O que ela fala contem palavras entendíveis por você? Contem formas, ou seja, ela fala de pessoas, de situações, de objetos desse mundo? Se sim, quem é essa pessoa com que você se relaciona e quem se relaciona com ela? É obvio que se tem tudo isso, só pode ser matéria, mundo material. Tudo isso só acontece apenas no mundo mental. Quem está conversando, quem está respondendo, é a própria mente.
Repare que você fala que essa pessoa vive lhe orientando para você ter o melhor dessa vida. Desculpa, nenhum espírito que realmente queira seu avanço espiritual vai lhe orientar no sentido de ter o melhor dessa vida. Ela vai lhe orientar a aprender a viver tudo que viver ligado no amor universal. Essa seria a minha visão.
Agora, quando tiver um amigo espiritual que você nem ouve, quando tiver um amigo espiritual que você nem perceba que está lhe enviando energia, estará em comunicação com um espírito que está servindo a Deus. Só que nenhum ser humano tem esse amigo espiritual. Isso porque o ser humano, para poder ver a presença deste espírito, precisa da razão, pois é ela que cria a consciência da existência de alguma coisa.