Participante: estão corretos os indianos que dirigem sem se preocupar com os sinais de trânsito, uma vez que, se tiver que haver um acidente de trânsito, eles não poderão evitar. Esta forma de comportamento seria uma libertação do ego?
Não. Estão corretos os indianos que dirigem sem se preocupar com o sinal, mas também estão corretos os brasileiros ou o povo de qualquer outro país, que dirija se preocupando com o sinal. Isso porque o ato em si está sempre correto.
Observar o ato para julgar o que você quer (ser liberto do ego) é uma incompreensão dos ensinamentos, pois estou falando de libertar-se do mundo interior, das compreensões que o ego dá para cada um e não de atitudes.
Eu não posso julgar pelos atos porque não sei se esse indiano que não presta atenção no sinal ou se o brasileiro que presta estão vivenciando o ato achando que estão dirigindo. Achando que eles estão respeitando ou não o sinal. Volto a dizer, não é o que você faz, mas como se relaciona coma ilusória ação que o ego cria.
Como eu disse, cada região, cada povo tem um programa. No programa do indiano, para vencer determinadas coisas, está escrito que ele não respeitará sinal e no programa do brasileiro está escrito que ele respeitará. Por isso cada um age como age e não porque ele está fazendo ou deixando de fazer.
Então, todos os dois estão corretos nos seus atos, pois seguem os seus programas. Agora, a forma como interagem é outra história. Tem indiano que interage com isso de uma forma liberta, assim como tem brasileiro que também faz isso.
O aproveitamento das oportunidades é individual, é de cada um. Não podemos julgar o resultado da libertação do ego por uma raça, ou seja, querer dizer que uma raça é superior à outra porque pratica determinados atos, porque não existem raças, mas provações coletivas para os espíritos.