É por conta do egoísmo que você gera normas, padrões e parâmetros de justiça. Faz isso para defender seus interesses: suas verdades, conceitos, posses, paixões e desejos.

O egoísmo inerente ao ser é manipulado hipocritamente pela mente criando códigos que o tornem politicamente aceito. Vou dar um exemplo para entender o que estou dizendo.

Você ajuda os necessitados? Esse é um ato egoísta, pois só faz isso porque acha certo fazer, porque acha que esse é o caminho que um espiritualista deve percorrer para aproximar-se de Deus ou ainda porque acha que essa é a expressão do amor ao próximo. Essa doação não tem nada de altruísta, porque está submetida a um desejo individualista.

Os motivos que elenquei para motivar a prática da caridade são as impurezas que encobrem o ato egoísta. São normas, padrões e critérios de justiça que justificam fazer aquilo que quer sem aparentar que está sendo egoísta. Por isso são hipócritas.

Acontece que você, além de se deixar levar pela hipocrisia que a mente cria, acredita quando ela transforma os conceitos em certos, justos e cria padrões e normas que são usados para impor aos outros que façam o mesmo. 

Portanto, o egoísmo está na raiz das impurezas, mas você não o vê por conta das afirmações hipócritas da mente que transformam atitudes de defesa de interesses individuais em algo que seja aceito coletivamente.