Mas, porque o espírito age assim? Para explicarmos isso vamos agora falar do último agregado: a consciência.

O que é consciência? Memória. Ela é composta por verdades arquivadas, sejam elas sentimentais (sensações) ou materiais (formas).

Por exemplo, uma cor. O conhecimento de uma determinada cor, dar valor como nome, características, etc., só acontece porque o ser humanizado possui verdades arquivadas que estampam esses valores. Quando o ser humanizado percebe (capta pelos órgãos do corpo) a forma que é uma cor, busca na consciência todas as verdades arquivadas sobre ela.

 Entretanto, a consciência possui ainda mais elementos guardados sobre a forma percebida: as sensações escolhidas anteriormente quando esta forma foi percebida. Todo fruto do seu livre arbítrio (sensação) fica arquivado na memória junto com as formas que foram julgadas.

No momento em que o ser humanizado for utilizar o seu livre arbítrio (escolher uma sensação), as decisões anteriores que foram arquivadas na consciência estarão presentes. No entanto, não só elas, mas também o estado de espírito atual.

Na escolha da sensação, que chamamos de raciocínio espiritual, o ser humanizado se lembra das sensações anteriores, mas os sentimentos que nutre no momento também influenciam. Ele pode, por exemplo, ter arquivado na consciência uma lembrança de não gostar de determinada cor, mas naquele momento sua base sentimental ser de paz e harmonia e não se deixar influenciar pela sensação anterior.

Durante a execução da formação mental (pensamento), Deus utilizará os valores arquivados (nome, características), mas a história que será criada com estes valores (raciocínio) poderá ser diferente a cada momento. Isto porque ela será baseada na sensação fruto do livre arbítrio, que como já vimos, surge da escolha entre o seu estado de espírito atual e os seus sentimentos arquivados.

A consciência, na verdade, é um conjunto de informações sobre as formas e sensações que auxilia o espírito na vivência do seu carma. É nela que se encontram os elementos necessários à prova que o ser executa enquanto humanizado: escolher entre sensações dualistas ou amar universalmente.