Participante: o assassino não será julgado pelo ato de assassinar, mas pelo sentimento, intenção que o motivou individualmente para o assassinato. É isso?

Julgado por quem? Cristo ensina assim: ‘Deus não julga, nem eu’. Será, então que o assassino será julgado por alguém?

Essa questão de julgamento é subjetivo. Na realidade quem julga é o próprio espírito. Ele, quando sair da encarnação e ficar de posse da sua consciência espiritual vai analisar a sua existência material e se julgar. Só não vai julgar o ato de assassinar, mas a sua ação sentimental durante aquele momento.

Do jeito que você colocou a pergunta, parece que o espírito é culpado de assassinar porque teve raiva. Não, nunca disse isso. O que sempre digo é que ninguém é culpado por nada.

O espírito ao se julgar, vê a falha sentimental que teve, Com relação a acontecimentos, posso afirmar que não dará mais valor para matar alguém do que para quando chamou outro de bobo. Para ele os dois momentos têm o mesmo peso: são partes de teatrinho chamado vida humana.

Outra coisa. Ao analisar os sentimentos com os quais viveu, o espírito não dá a sentença de culpado. Para ele houve uma escolha egoísta e não um erro.

Só estou querendo deixar bem claro isso porque do jeito que você perguntou, dá a entender que o ser é culpado de ter raiva e por isso assassinou. Não é isso.

Participante: e o assassínio de aluguel como fica? É apenas um profissional?

Não sei.

Há assassinos de aluguel que não tem emoções ao matar, nem depois. Porém, há assassinos de aluguel que gostam de matar. Por isso não posso responder genericamente.

O que precisamos atentar é que não importa se mata um, dez ou vinte. O importante é como se vivencia cada acontecimento da vida. Se matou cinquenta, em quarenta e nove não teve emoções, mas teve em um caso, se sentirá culpado por esse sentimento.