Publicado por Penélope Pereira

A principal causa do sofrimento mental é o mal-entendido – isto é, pensar que tudo existe exatamente como o percebemos.

Há uma velha história budista sobre um homem que volta para casa uma noite. Na penumbra do crepúsculo, ele vê uma cobra no caminho à sua frente, com muito medo, o coração dele começa a bater forte e a mente fica alerta.

Mas, olhando mais de perto, ele percebe o engano, que não é uma cobra, mas uma corda.

Aliviado e rindo de si mesmo, ele passa por cima da corda e, ao fazê-lo, olha para baixo e vê que é, de fato, um colar de jóias!

É natural que façamos suposições em nossas próprias vidas, mas sem entender, consideramos todas as nossas suposições realidade.

E, ao fazê-lo, podemos perder o colar de jóias que está bem à nossa frente, pensando que é uma cobra!

Mesmo ‘bom’ e ‘ruim’ são reflexos de nossa própria percepção.

Portanto, alguém que é um bom amigo e uma boa pessoa para você pode ser uma pessoa ruim e inimiga de outra pessoa.

Ao não entender sua própria percepção do que é a realidade, as emoções aflitivas são mais propensas a surgir.

Mas entender que tudo é um reflexo de sua própria mente e tornar-se menos fanático por tudo é a chave para ter uma mente tranquila.

Geralmente, a maioria de nós é fanática de uma maneira ou de outra.

Estamos muito apegados aos nossos conceitos de bom e ruim, bonito ou feio, de quem gosta e quem não gosta.

“Sabedoria e compaixão são os antídotos para a compreensão equivocada.”
– Gyalwa Dokhampa